
Criado em 2016, o Projeto Era uma Vez... Brasil oferece a alunos da rede pública uma vivência profunda sobre a história do país, unindo aprendizado, cultura e autoconhecimento. A iniciativa estimula o protagonismo juvenil e propõe uma releitura crítica sobre a formação do Brasil. Em cada cidade onde é realizado, o trabalho é desenvolvido em parceria com lideranças indígenas e quilombolas locais.
As atividades começaram no último sábado (12 de julho) e seguem até sexta-feira (18), na EMEF Virgílio Salata, onde estão cerca de 100 estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas convidadas (municipais e estaduais) — quase 50 deles são da rede municipal, representando 14 escolas. A turma está acampada no local, dormindo e se alimentando no próprio espaço. Todos estão envolvidos em oficinas práticas de audiovisual e experiências voltadas às culturas indígena e afro-brasileira.
O projeto é composto por etapas. A primeira, concluída em junho, foi voltada à pesquisa e levantamento de fatos históricos relacionados ao tema. A segunda fase é a que acontece agora, denominada “Campus”, e funciona como seletiva dos alunos que terão a oportunidade de participar de um intercâmbio histórico-cultural em Portugal, programado para novembro. A divulgação dos nomes será no dia 7 de agosto, no Teatro Municipal, para a comunidade escolar. Nesta data, serão apresentados todos os documentários produzidos durante esta semana.
Por fim, o projeto termina em dezembro, quando os estudantes desenvolvem intervenções em suas comunidades, aplicando projetos educativos e culturais inspirados em tudo o que vivenciaram ao longo da jornada.
O Era uma vez… Brasil é uma realização da Origem Produções e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio de diferentes empresas, conforme a localidade. No total, 15 cidades participam da edição atual, que está em sua 9ª temporada: oito no Estado de São Paulo (Ribeirão Preto, Serrana, Brodowski, Lençóis Paulista, Macatuba, Areiópolis, Quatá e Paraguaçu Paulista), quatro na Bahia, duas em Pernambuco e uma no Paraná.
"É uma oportunidade única de aprendizado fora da sala de aula, que valoriza nossas raízes e amplia os horizontes dos nossos alunos. Projetos como esse mostram o quanto a educação pode transformar vidas", destaca o secretário da Educação, Valdir Martins.