O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto afirmou que atuou contra os desvios das contas de aposentados que abriu um verdadeiro escândalo no governo. Ele está 20 dias afastado do cargo por decisão judicial e foi alvo de operação da Polícia Federal (PF). Em entrevista à CNN, ele se defendeu e disse que atuou contra os desvios.
“Durante a minha gestão, nenhum novo Acordo de Cooperação Técnica foi firmado. Ou seja, nenhuma entidade foi admitida ou teve convênio assinado sob a minha presidência.
Os acordos existentes já haviam sido firmados em gestões anteriores. determinei a instauração de um procedimento apuratório, exigindo das entidades amostragens que comprovassem que os associados de fato haviam autorizado os descontos. A intenção sempre foi verificar a regularidade das informações e garantir a segurança dos beneficiários.
Além disso, oficiei tanto a Polícia Federal quanto a Polícia Civil de São Paulo, solicitando informações sobre denúncias de fraudes, justamente para subsidiar medidas mais rígidas contra entidades eventualmente envolvidas”, disse.
Segundo relatório da PF, Stefanutto foi apontado como omisso ao deixar descontos ilegais contra aposentados ocorrerem durante sua gestão por meio de associações. A arrecadação das entidades chega a R$ 6,3 bilhões.
“Sim, foi uma surpresa — e um susto também. Nunca, ao longo da minha carreira como servidor público, estive envolvido em qualquer operação policial. Ser acordado pela Polícia Federal foi, de fato, uma situação inesperada e difícil”, afirmou.