
A vaquinha voltada para arrecadar fundos para o alpinista Agam, que se voluntariou no resgate do corpo de Juliana Marins, foi cancelada no último domingo (29).
Com R$522 mil arrecadados, o equivalente a 1,7 bilhão de rúpias indonésias e 718 salários mínimos no país asiático, a vaquinha foi oficialmente cancelada. Pelo Instagram, a Vooa, plataforma de arrecadação parceira da página “Razões para Acreditar”, que dá visibilidade e verifica a veracidade das histórias, comunicou o encerramento da campanha.
Segundo a organização, o motivo do cancelamento foram os questionamentos sobre a taxa administrativa de 20% cobrados pela plataforma de doações, o que equivale a R$104.400.
“Decidimos pelo cancelamento imediato da campanha, com a devolução integral e automática das doações realizadas até aqui”, diz o comunicado oficial da “Voaa” e “Razões Para Acreditar”.
As instituições explicam que optaram pelo cancelamento após os envolvidos terem sofrido “ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio” por estabelecerem uma taxa de 20% imposta na vaquinha.
“Reconhecemos com humildade que, neste momento, a discussão em torno da ‘Vaquinha do Agam’ desviou a atenção da essência da campanha e, principalmente, da história que desejávamos apoiar. [...] Reconhecemos que a comunicação nesta história poderia ter sido mais clara”, dizem as organizações.
De acordo com eles, a taxa praticada pela Voaa é resultado de um modelo de operação único, “que vai muito além de simplesmente disponibilizar uma plataforma para arrecadação”.
“Diferente de outras soluções do mercado, assumimos integralmente a curadoria, verificação, produção de conteúdo, comunicação estratégica, gestão jurídica e financeira, além do acompanhamento completo até o desfecho de cada campanha. Essa estrutura é mantida por uma equipe especializada e dedicada, e envolve inúmeros custos fixos. Não se trata apenas de intermediar doações, mas de oferecer um serviço completo, seguro e transparente - que garante que cada história seja verdadeira, bem contada e que o valor arrecadado chegue com responsabilidade a quem realmente precisa”, argumentam.
Nos comentários, os internautas se mostraram revoltados com o desenrolar do caso, visto que o alpinista já tinha conhecimento da ajuda. “Era só cancelar os 20% de vocês. Agora vão deixar o Argam e a equipe que já sabiam tudo o que tinha sido arrecadado de mãos vazias? Esse vai ser o fim de vocês”, escreveu um perfil.
"Vocês só pioram a situação. Que gerenciamento de crise é esse?", disse outra.
"Nossa, sacanagem hein. Vocês foram atrás dele, ele nem queria, agora foram gerou expectativa e vão cancelar porque não aguentam algumas críticas? A internet é isso, poderia ser uma taxa um pouco menor? Poderia, mas preferiram não destinar nada do que abrir mão de uma porcentagem? Aí é foda!", escreveu outra.