
A Polícia Federal confirmou que prendeu o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, que tinha sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 17 anos de prisão por causa dos atos criminosos do dia 8 de janeiro.
De acordo com a PF, ele foi detido na cidade de Catalão, interior de Goiás e que fica a cerca de 300 quilômetros de Brasília. Ele foi flagrado destruindo um relógio de Balthazar Martinot, que foi presente da França ao Imperador Dom João VI e que estava no acervo da Presidência da República.
O homem tinha sido liberado da prisão na última terça-feira, sem o uso de tornozeleira eletrônica. A justificativa do juiz da Vara de Execuções Penais de Uberlândia, Minas Gerais, foi que ele já havia cumprido parte mínima do tempo previsto em lei em regime fechado, e não tinha ocasionado problemas durante a detenção.
Na decisão, no entanto, está descrita a obrigatoriedade de uso da tornozeleira, o que não foi cumprido. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, não há a disponibilidade do item no momento no sistema, e também não há previsão para a normalização da oferta das tornozeleiras.
Na determinação de Moraes para o retorno de Antônio Cláudio a prisão, o ministro afirma que o juiz que proferiu a decisão de soltura não tem competência para tal.
Por isso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que Antônio Cláudio voltasse à prisão, além de determinar uma investigação contra o juiz que determinou a soltura. O item quebrado, o relógio construído por Balthazar Martinot, foi reconstituído na Suíça, e devolvido ao Brasil em janeiro deste ano.
A prisão foi realizada por policiais federais em uma operação conjunta com a Polícia Militar goiana e com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais.
Ainda segundo a corporação, durante as diligências realizadas em Uberlândia, interior de Minas Gerais, e em Catalão, os policiais também prenderam um segundo suspeito, parente de Antônio Cláudio, que era foragido da Justiça e que possuía mandado de prisão em aberto.