Andressa Urach atualizou os fãs sobre seu estado de saúde, nesta quinta-feira (26), após dizer que se arrependeu de ter feito a ceratopigmentação, cirurgia que altera a cor dos olhos e é proibida no Brasil. O procedimento foi feito em Nice, na Itália, enquanto ela curtia alguns dias de férias pela Europa.
No entanto, ela preferiu se recuperar do procedimento no Brasil, onde desembarcou nesta quarta (25).
"Eu acho que é irreversível, mas, se foi uma lente de contato que ele implantou e der para tirar, eu vou tirar. Não vale a pena a dor, não. Eu não sei como é que foi feita... se é algum líquido que colocam. Mas esse pós-operatório, vou falar a verdade para vocês: não estou enxergando direito, não. Minha visão sempre foi ótima, mas agora está tudo embaçado. Então, menina, cuidado aí. Achei que ia morrer, sério", descreveu.
A atriz de conteúdo adulto voltou a dizer que se arrependeu do procedimento. "Quando embarquei, não estava enxergando, mas preferi me tratar aqui no Brasil. Tinha uma moça sentada do meu lado no voo, e ela me deu uns dois ou três comprimidos de paracetamol, porque eu estava com muita dor. Estou com os olhos embaçados, não estou enxergando direito. A dor foi horrível. Achei que ia ficar cega, sério. Não sei se isso é resultado do pós, mas sofri muito. Juro que me deu arrependimento. Espero não ficar cega.", disse.
Horas depois, Andressa informou que agendou uma consulta com um oftalmologista para hoje, em São Paulo.
"Dormi até no sofá, de tanta dor que eu estou. Não consigo abrir os olhos porque a luz me irrita muito e está ardendo bastante. Para piorar, estou com muita gripe", disse.
"Tô muito arrependida e com medo de ficar cega! Não quis ficar lá porque achei mais seguro voltar para o Brasil e tratar aqui. Cuidado! Se eu soubesse que doeria tanto, não teria feito!", finalizou.
Ceratopigmentação é proibida no Brasil
Tanto o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) quanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) explicam que a ceratopigmentação, conhecida como "tatuagem de córnea", é indicada apenas para pacientes que perderam a visão ou têm a córnea comprometida, com o objetivo de recuperar a aparência de um olho normal. Caso exista a possibilidade de o paciente recuperar a visão — por meio de um transplante de córnea, por exemplo —, o procedimento não é recomendado.
Nos caso de Andressa, a técnica pode resultar em danos irreversíveis.
"Dentre os problemas que podem ser causados pelo uso indevido dessa técnica estão: o surgimento de casos de lesões na córnea (parte do olho correspondente ao vidro do relógio) que podem ser persistentes e levar a perfuração do olho, infecções graves (até no interior do olho), e aumento da pressão dentro do olho", alerta a CBO.
Segundo o órgão, pacientes que já utilizaram a técnica informam dificuldade de enxergar, dor no olho, ardência, sensação de areia, aversão a luz e lacrimejamento persistente. "Todas essas situações podem levar à redução da visão do paciente, seja na periferia ou no centro da visão, evoluindo em alguns casos para a cegueira permanente", diz.