A Polícia Civil de São Paulo prendeu sete criminosos e desarticulou uma quadrilha que se passava por policiais para aplicar golpes no Centro e nas zonas Norte e Oeste da capital. A operação foi deflagrada na última segunda-feira (4).
Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os agentes desmontaram um esquema de roubo e extorsão na capital.
Criminosos montaram uma estrutura composta por falsos policiais e uma rede de informantes para avaliar as possíveis vítimas. Um dos envolvidos, inclusive, se disfarçava de vendedor de balas.
Os alvos eram comerciantes, principalmente provenientes de compras no Paraguai. Os agentes também apreenderam distintivos, veículos com sistema de sirene e de luzes semelhantes aos instalados em viaturas, além de um revólver calibre 38.
A polícia identificou que a quadrilha utilizava a estratégia de simular abordagens policiais para dominar as vítimas. Para convencer ainda mais, os envolvidos utilizavam veículo com sirenes e os distintivos.
As vítimas eram escolhidas por meio da rede de olheiros, que gravavam as pessoas em vídeo, rotinas e outros detalhes e depois compartilhava em um aplicativo de mensagens.
Policiais verdadeiros, porém, flagraram a falsa blitz ocorrendo num estacionamento, na Barra Funda, bairro da Zona Oeste. Os ladrões roubavam aparelhos eletrônicos de duas mulheres.
Os agentes cercaram os suspeitos e durante a tentativa de fuga, mas um dos envolvidos bateu a falsa viatura no poste. Três foram presos. Eles estavam com distintivos e quase R$ 3 mil.
Os policiais também identificaram um segundo veículo deixando o local. A equipe acompanhou o carro até a Favela Marconi, na Zona Norte, onde aconteciam as reuniões da quadrilha. Nesse lugar, foram presos os outros integrantes do bando e a arma.
Todos possuem extensos antecedentes por roubo, porte de armas, homicídio e associação criminosa. Um dos detidos, inclusive, tinha mandado de prisão preventiva em aberto.
Os bandidos foram autuados por roubo qualificado, associação criminosa e usurpação de função pública.