O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) citou “perseguição implacável” após ser alvo de mandado de busca e apreensão durante a operação Galho Fraco, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (19).
A ação tem o objetivo de aprofundar as investigações de desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares. Além de Carlos Jordy, o deputado Sóstenes Cavaltante também foi alvo da operação.
“Hoje, novamente aniversário da minha filha e estão fazendo, novamente, essa busca e apreensão covarde alegando que eu teria desviado recursos da cota parlamentar para empresa de fachada com aluguel de carros, sendo que é a mesma empresa que eu alugo carros desde o início do meu primeiro mandato”, disse Jordy.
“Eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos dessa empresa, que aluga para vários outros deputados, inclusive, dizendo que as outras empresas têm mais de 20 veículos, e a empresa de locação de veículos tem apenas 5 veículos, por isso seria uma empresa de fachada”, acrescentou.
No vídeo publicado em sua conta nas redes sociais, o parlamentar, declarou que não irá se intimidar e que não baixará sua cabeça “para essa covardia”.
“Isso vai ser mais um instrumento de ânimo para enfrentar essa tirania, essa ditadura do judiciário que persegue seus adversários utilizando o aparato da justiça, o aparato público, o aparato estatal. Nós vamos vencer essa batalha ano que vem. Não vou jamais deixar com que isso aqui possa me intimidar, me coagir, me fazer baixar a cabeça. Vou enfrentar de cabeça em pé tudo isso e vamos vencer essa batalha ano que vem”, finalizou.
Operação Galho Fraco
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (19), a operação Galho Fraco, para aprofundar as investigações de desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares.
A reportagem do Grupo Bandeirantes apurou que entre os alvos da operação estão os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ).
Conforme a Polícia Federal, os agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Conforme as investigações, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio e posterior ocultação de verba pública.
A ação é um desdobramento de operação deflagrada em dezembro de 2024 e apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.