O casal de turistas agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, se pronunciou sobre as agressões em vídeo divulgado nas redes sociais.
Johnny Andrade e o companheiro dele, Cleiton Zanatta, relataram que o que aconteceu em Porto de Galinhas foi um “ato de atrocidade”.
“Graças a Deus, graças também aos salva-vidas, quero aqui humildemente agradecer a eles, se não fossem eles essa hora a gente estaria morto. Realmente foi um massacre isso que aconteceu com a gente, foi um ato de atrocidade mesmo”, disse Johnny Andrade.
Ele relatou que foi abordado por um rapaz logo no início da praia, oferecendo o trabalho dele de barraca e cadeira. Segundo Johnny, eles combinaram um valor e quando foram pagar a conta o valor era outro.
“Nós questionamos, eu falei: não foi esse valor que você havia combinado com a gente”, declarou Johnny. “Estavam cobrando quase o dobro do valor”, acrescentou Cleiton.
Johnny Andrade disse que não iria pagar o valor cobrado, mas, sim, o que tinha sido combinado. Nesse momento, segundo ele, o homem disse: “Você vai pagar esse valor”.
“Já passou a mão na cadeira e jogou em mim, e eu tentei me defender, me jogaram no chão. Quando me dei conta, não era um, nem dois, tinha uns dez, 15 em cima da gente, batendo na gente. Olha a situação que está meu rosto, está completamente danificado. Toda a lateral do meu corpo aqui está machucada, porque eles bateram muito em mim”, afirmou Johnny.
No vídeo, Cleiton Zanatta pontua que sabe que Porto de Galinhas é um lugar maravilhoso, que recebe turistas do Brasil e do mundo inteiro. No entanto, ele pediu para que as pessoas não vão para o local enquanto tiver esse tipo de situação.
“Não sei se esse lugar tem um prefeito, tem vereadores. Eu sei que esse lugar tem um hospital que não tem um raio-x. Nós tivemos que ser transferido para Ipojuca Não tinha ambulância, tivemos que pagar do sosso bolso. Eu queria, prefeito, que você passasse por uma situação dessa lá na praia. Eu estou intimando você a arcar com os nossos prejuízos”, afirmou Cleiton. “A gente não vai deixar isso barato. Já entramos em contato com todos os nossos advogados. Nós vamos processar a prefeitura, o estado de Pernambuco”, disseram eles.
O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura de Ipojuca repudiou e lamentou o episódio ocorrido em Porto de Galinhas.
“Trata-se de um fato grave e incompatível com os valores de respeito, acolhimento e hospitalidade que norteiam o destino. Os órgãos competentes já apuram o ocorrido para identificar os envolvidos e adotar as medidas legais cabíveis”, disse em nota.
Conforme a administração municipal, desde o primeiro momento, houve atuação rápida das equipes de salva-vidas e da Guarda Municipal, “garantindo a segurança no local e evitando o agravamento da situação”.
“A Prefeitura reafirma seu compromisso com um turismo responsável, seguro e organizado, e seguirá atuando de forma integrada para preservar Porto de Galinhas como um destino acolhedor para moradores, trabalhadores e visitantes”, finalizou.