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Caso Gritzbach: Justiça condena PMs que faziam escolta de delator do PCC
Reprodução/Band

O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo condenou 11 policiais militares envolvidos na escolta particular de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) assassinado em novembro de 2024.

Os agentes receberam penas de cinco anos de prisão por integrar organização criminosa, com agravantes por serem funcionários da segurança pública e atuarem armados. O cumprimento inicial da pena será em regime semiaberto no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital.

A denúncia original envolvia 15 policiais, mas quatro foram absolvidos das acusações criminais. Pelo regulamento disciplinar da Polícia Militar, a realização de atividades extras de segurança, conhecidas como "bicos", é proibida e considerada transgressão grave, podendo resultar em expulsão da corporação.

Falha mecânica e suspeita de emboscada
As investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que os policiais condenados participavam ativamente da segurança de Gritzbach e de seus familiares. No dia do crime, parte do grupo foi ao Aeroporto Internacional de Guarulhos para recepcionar o delator, que retornava de uma viagem ao Nordeste.

Um ponto central da investigação é a parada de parte da escolta em um posto de combustível próximo ao aeroporto pouco antes do crime, sob a alegação de um problema mecânico em um dos veículos. Por conta disso, três militares não estavam presentes no desembarque no momento em que Gritzbach foi executado com tiros de fuzil.

Mandantes e execução
O relatório final da Polícia Civil aponta que o crime foi encomendado por integrantes do PCC com ligações com o Comando Vermelho, identificados como Emílio Góngorra Castilho ("Cigarreira") e Diego dos Santos Alves ("Didi"). Kauê Amaral teria atuado como "olheiro", monitorando os passos da vítima desde o desembarque.

A execução, segundo o DHPP, contou com a participação direta de outros três policiais militares: Denis Martins e Ruan Rodrigues, apontados como os atiradores, e o Tenente Fernando Genauro. Genauro, que comandava a escolta oficial de Gritzbach, teria sido cooptado pelo crime organizado para colaborar com o assassinato. Os três policiais acusados da execução permanecem presos e serão levados a júri popular.

Fonte: Band.
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