Em São Paulo, uma iniciativa simples em uma escola da zona sul vem transformando a relação das crianças com a leitura. Os alunos de aproximadamente 3 anos de idade têm um método diferenciado: eles leem primeiro com os pais em casa, escolhem o livro, trazem para a escola e aí compartilham com os coleguinhas. Essa prática não apenas incentiva a leitura entre as crianças, mas também proporciona um momento de interação familiar e comunitária.
Além do ambiente escolar, a cultura da leitura vem ganhando espaço também no cenário corporativo. Um exemplo disso é a iniciativa de Bruna, que na época era estagiária em uma multinacional de cosméticos. Ela teve a ideia de criar um clube do livro no local de trabalho e a direção apoiou o projeto. "Para mim, foi uma experiência fantástica", ela relata. Atualmente, 60% dos 220 colaboradores da empresa participam do clube, que a cada três meses recebem um livro relacionado à cultura empresarial para depois discutirem sobre o mesmo.
Além dessas iniciativas, a Avenida Paulista se destaca por ser palco de encontros mensais de leitores. No espaço de uma conhecida livraria, grupos se reúnem para debater obras literárias. Priscila Almeida, vendedora na livraria Martins Fontes e idealizadora de um desses clubes, menciona que "uma vez por mês, aqui acontece um encontro especial".
O clube, que já existe há cerca de um ano e meio, vai além da leitura, servindo como um ponto de conforto onde as pessoas podem divergir ou concordar sobre as ideias discutidas. "É um lugar de conforto", afirma Priscila.
Essas iniciativas refletem uma tendência crescente de valorização do livro físico e do prazer da leitura compartilhada, seja em ambientes educacionais, corporativos ou informais. Através dessas práticas, crianças, profissionais e aficionados por livros encontram novas formas de conectar-se com o mundo ao seu redor e expandir suas perspectivas através das palavras.