
A defesa de Paulo Cupertino entrou na quinta-feira (5) na Justiça com um recurso contra a decisão do júri que condenou o empresário a 98 anos de prisão em regime fechado pelos assassinatos do namorado e dos sogros de sua filha.
As advogadas Mirian Souza, Juliane Oliveira e Camila Motta já haviam antecipado durante o julgamento de Cupertino que pediriam a anulação do júri que condenou o seu cliente, na semana passada.
A solicitação irá para o Tribunal de Justiça de São Paulo, onde um desembargador irá analisar o documento e pedirá para a defesa informar os motivos do recurso, que passará a ser chamado de apelação.
Relembre o caso
O crime aconteceu em junho de 2019. Ele matou o ator e os pais em frente à casa da família na Pedreira, na zona sul de São Paulo. Cupertino fugiu e só foi preso em 2022, em um hotel na capital paulista, após passar anos foragido, escondido em cidades do Mato Grosso do Sul e também no Paraguai.
Segundo a investigação, ele não aceitava o relacionamento da filha, Isabela Tibcherani, com o ator Rafael Miguel. Os assassinatos aconteceram quando o jovem, então com 22 anos, foi até a casa de Cupertino com os pais, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Silva Miguel, de 50, para tentar acalmar a situação. O acusado atirou treze vezes contra a família e fugiu.
A filha e a esposa de Cupertino, Vanessa e Isabela, pediram à Justiça para depor por videoconferência, para que não precisassem se encontrar com ele. O pedido foi negado, mas foi permitido que as duas dessem os depoimentos sem a presença do homem.