A execução no maior aeroporto do país pode ter envolvimento direto dos próprios militares que eram pagos para fazer a segurança do delator do PCC, Antonio Vinicius Gritzbach. A investigação da polícia civil já havia indiciado seis pessoas.
Estão presos os dois PMs que atiraram contra a vítima e outro militar que estava ao volante do carro preto. O olheiro que aparece dentro do aeroporto indicando a chegada do alvo e os dois mandantes do crime seguem foragidos.
Agora, o Ministério Público pediu uma nova investigação sobre a possível participação dos militares que faziam a escolta do delator. São 15 no total e estão todos presos por que faziam a proteção de Gritzbach mesmo sabendo do envolvimento dele com o crime organizado.
São investigados nesta nova fase também oito investigadores e um delegado acusados de extorquir Vinicius e um hacker que pagou uma dívida com Vinícius com joias e atraiu o delator do PCC para Maceió. Ele devia quase R$ 5 milhões ao homem executado.
O hacker chegou a ser apontado junto com Vinicius como mandante da morte do mega traficante Anselmo Santa Fausta, o ‘Cara Preta’, em dezembro de 2021. O hacker chegou a ser preso, mas foi libertado por falta de provas e tratado no inquérito apenas como testemunha.
A nova investigação da polícia civil deve apurar se houve participação ou facilitação por parte dos policiais que faziam a segurança de Gritzbach. Dois deles viajaram junto com a vítima pra Maceió e desembarcaram do mesmo voo. Ao menos 4 foram até o aeroporto, mas se atrasaram e não estavam no aeroporto para proteger o patrão.
A justificativa foi uma suposta falha no carro. Apenas um segurança foi ao aeroporto junto com os dois garotos da família enquanto os demais militares, todos armados, ficaram em um posto de combustíveis perto dali, segundo eles tentando consertar um problema mecânico.