
O Brasil ainda não produz trigo o suficiente para atender todo o consumo da população. Por ano, são produzidos em torno de 8 a 9 milhões de toneladas do cereal e a demanda nacional atual é de 13 milhões de toneladas. Por isso, o país ainda precisa importar o grão, principalmete da vizinha Argentina, que é um dos maiores produtores de trigo do mundo.
No entanto, um setor que demanda muito trigo de qualidade é o de produção de hóstias, um alimento usado nas missas da igreja católica e que, após a consagração, simboliza o corpo de Cristo. O Agro Band desta quinta-feira (8) foi até uma fábrica de hóstia, em Londrina (PR) e mostra como são fabricadas as hóstias usadas nas missas. No local, chamado Instituto Filhas de São José, são produzidas 100 mil hóstias por dia, o suficiente para atender a demanda da região norte do Paraná e algumas cidades de São Paulo.
A hóstia, na Igreja Católica, simboliza o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, sendo o pão consagrado na Eucaristia. É o elemento principal da comunhão, um momento central da missa em que os fiéis recebem Cristo como alimento espiritual. A hóstia também representa o sacrifício de Cristo e a união dos fiéis com Ele e com a comunidade de fé.
A hóstia é feita com dois ingredientes apenas, a farinha de trigo e água. No entanto, a farinha precisa ser de ótima qualidade, para deixar o alimento branco e com a textura lisa. Para produzi-las, os ingredientes vão para um liquificador industrial e para formar a massa, precisam ser batidos por 20 minutos. Depois de pronta, a massa vai para prensas quentes, onde a temperatura cozinha o alimento, e produz a folha de hóstia. As folhas de hóstia são cortadas mecanicamente, padronizadas para a eucaristia. Algumas folhas, porém, seguem inteiras e são os padres que as cortam.