
Ednaldo Rodrigues formalizou, nesta segunda (19), a desistência de tentar voltar à presidência da CBF por meio de recursos na Justiça.
O ex-presidente da entidade que comanda o futebol brasileiro e a seleção formalizou a desistência em petição enviada ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Ednaldo foi afastado da presidência da CBF em decisão da Justiça do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (15).
“Em relação às novas eleições convocadas pelo interventor, [declara] não estar concorrendo a qualquer cargo ou apoiando qualquer candidato, desejando sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro. Este gesto, sereno e consciente, representa o esforço do Peticionário em deixar para trás este último ato do litígio, rejeitar narrativas que ferem sua honra e de sua família, e reafirmar, diante dessa Suprema Corte, como sempre fez, seu compromisso com o respeito à Justiça, à verdade dos fatos e à estabilidade institucional da Confederação Brasileira de Futebol”, disse por meio de nota enviada pela sua defesa.
Entre os motivos alegados por Ednaldo para não seguir com as ações no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e no Supremo Tribunal Federal, ele afirma buscar “a paz no futebol brasileiro” e a estabilidade institucional da CBF. Na nota divulgada pelos seus advogados, elencou seus feitos à frente da entidade, como a contratação do italiano Carlo Ancelotti para a Seleção, o aumento de receitas da entidade e o fortalecimento das competições.
Os pedidos pelo afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF foram feitos na semana passada, pela deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e pelo próprio Fernando Sarney, sob argumento de que foi falsificada a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, em acordo assinado do início deste ano. Ednaldo Rodrigues voltou a negar a falsificação da assinatura de seu antecessor, que o manteve no cargo, para o qual foi depois eleito por aclamação, em março de 2025.
Sem o possível entrave jurídico, Samir Xaud tem cenário totalmente favorável para assumir o posto de líder da Confederação Brasileira de Futebol, já que será candidato único na eleição do dia 25 de maio.