
Vitória Drumond Medeiros, filha de Geraldo Medeiros Júnior, que pilotava o avião de Marília Mendonça quando ela morreu, se manifestou sobre a informação que vazou nos últimos dias de que Dona Ruth, mãe da artista, teria feito um acordo extrajudicial com as famílias das vítimas do acidente.
O escândalo veio à tona quando o jornalista Ricardo Feltrin divulgou que a família da cantora exigiu 50% do seguro, enquanto as outras quatro famílias tiveram que dividir o restante entre si.
Vitória usou as redes sociais e confirmou que isso de fato aconteceu e deixou claro que, até hoje, não acha justo o que a família de Dona Ruth fez. Ela disse que, inicialmente, se posicionou contra a decisão, mas depois acatou o acordo para não precisar recorrer à justiça.
"Esse negócio do seguro do avião. O seguro tinha US$ 1 milhão a ser repartido, eram cinco vítimas do acidente, e era um acidente por morte. Ou seja: divide entre as cinco vítimas e os respectivos que tenham que receber. Por exemplo, no caso do meu pai: eu, a minha madrasta e os meus dois irmãos. E assim cada família tinha seus dependentes ali", explicou.
"Bom, a parte da Marília Mendonça pediu 50% disso. E, para mim, não foi justo. A gente tinha que fazer um acordo, senão ia para a Justiça. Fui contrária a essa decisão até o momento que pude. Eu falei: 'isso não é justo. Porque é um seguro por morte, então tem que dividir. Não é de acordo com outros fatores'. É de acordo com a morte, foram cinco vítimas, e todas as vidas valem igual, independentemente de quem foi na Terra. Por exemplo, na minha casa, o provedor foi embora, que era meu pai. Graças a Deus, hoje tenho a minha avó que me ajuda, mas são os provedores das nossas casas, né? Tinha só a Marília de mulher, os outros eram todos homens", continuou.
"Isso se postergou, esse processo durou uns três, quatro meses, não sei, um ano. E eu fui contrária a essa decisão porque, para mim, não era justo, até porque eu acho que a parte da Marília era a que mais tinha dinheiro ali, sabe? As outras famílias tinham menos, precisavam mais. O meu provedor foi embora. Esse dinheiro ia ajudar muito cada uma das famílias. Eu, por exemplo, deixei de fazer medicina na Argentina porque estava ficando insustentável. Estava muito caro lá por causa do câmbio, então voltei para o Brasil para tentar fazer a Federal, que é gratuita. Então é isso, mas essa decisão estava se postergando, senão iria para a Justiça e aí já estava até dando conflito familiar, sabe? E então uma hora eu cedi também, porque eu fui contrária bastante tempo, mas uma hora eu cedi também. Eu falei: 'Não, beleza, vou me repartir assim, se é assim, ok'".
E ela finalizou explicando: "E repartimos mais ou menos dessa forma e foi isso. Acho essa decisão injusta, sabe? Acho que poderia ter sido dividido esse valor entre as cinco famílias, suas respectivas porcentagens, mas não foi feito assim. E é isso, só queria esclarecer isso, porque parece que está como boato, né? Mas isso foi verídico, isso eu passei, foi um processo. E é", disse.
"Mas aí passei aqui só para esclarecer isso. Não acho justo, mas aconteceu, foi assim. Que bom que dividiu, que bom que não está na Justiça, porque isso poderia demorar 10 anos, não sei, essas coisas de Justiça. Mas já deu tudo certo, né? E é isso, foi feito assim", concluiu.