
A brasileira que caiu na trilha de um vulcão na Indonésia espera por resgate há quatro dias. Autoridades da Indonésia afirmaram, nesta segunda-feira (23), que Juliana Marins foi localizada, a 500 metros de distância da trilha, por socorristas, e não esboçou nenhum movimento.
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana estava no segundo dia de trilha e teria dito que precisava descansar. O grupo, formado por cinco estrangeiros e um guia, seguiu em frente. Juliana teria tentado voltar sozinha e caiu. O guia foi ouvido pela polícia local e negou ter deixado a brasileira para trás. E disse que o combinado era espera-la mais à frente.
O Itamaraty diz que acompanha junto às autoridades do país asiático a mobilização para o resgate. Neste domingo (22) à noite, o órgão informou que dois funcionários da embaixada brasileira foram enviados da capital Jacarta para o local do acidente para acompanhar pessoalmente os esforços da operação.
Um vulcão ativo, com 3.700 metros de altitude. Foi no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, caiu.
Brasileira foi avistada por drone
No último sábado (21), turistas usaram um drone e conseguiram visualizar Juliana no penhasco, mexendo os braços. Naquele dia, autoridades da Indonésia chegaram a divulgar a informação de que ela havia sido localizada pelos socorristas, mas a família descobriu que as informações não eram verdadeiras.
“Foi uma comoção geral... todo mundo chorou, se abraçou…, mas depois a gente descobriu que era tudo mentira. Ninguém nem tinha visto a Juliana”, disse Mariana, irmã da vítima.
“Quando você tenta subir essa encosta, o pé afunda como se fosse uma areia fofa numa praia. E esse material pode também ir deslizando à medida que você tenta subir”, explicou o geólogo Francisco Dourado ao Jornal da Band.
Um brasileiro publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma que a operação de resgate de autoridades da Indonésia “está parada”.
“A operação está parada. Parada. Eles retornaram para o acampamento base e só vão continuar amanhã [terça-feira (24)] de manhã. Juliana vai continuar essa noite toda sozinha lá”, disse.
Família pressiona autoridades
A família pressiona as autoridades para o uso de um helicóptero, o que também é um desafio no local.
“A 3,5 mil metros de altura, a concentração de oxigênio cai e a sustentação de helicópteros no ar fica muito prejudicada , então nem todos modelos de aeronaves conseguem trafegar nessa situação”, explicou um bombeiro.
O pai de Juliana embarcou para acompanhar o resgate da filha, mas está preso em Lisboa porque o voo tem conexão em Doha, no Catar, e o espaço aéreo está fechado por conta dos ataques do Irã a uma base americana do país.
“Por favor, não esqueçam da Juliana. Vamos trazer ela para casa, viva. É isso que importa”, completou a irmã.