
Denúncias de exploração de menores na internet pesam sobre o influenciador Hytalo Santos, que tem milhões de seguidores nas redes sociais. O Ministério Público da Paraíba confirmou que investiga duas denúncias contra Hytalo, que envolvem a proteção de crianças e adolescentes que estão sob sigilo.
Pais de menores também podem responder a processo ao permitirem exploração, com risco de perder a guarda.
“Toda vez que uma pessoa adulta se utiliza de crianças, adolescentes para angariar recursos e lucros e se ver rico com estas situações envolvendo pornografia infantil, aliciamento de menores para estes fins, as penas deles são absolutamente agravadas”, disse o advogado criminalista Wellington Arruda.
O caso ganhou força com a denúncia de adultização e sexualização de menores feita pelo youtuber Felca, que denuncia situações do dia a dia para erotizar menores de idade, ganhar seguidores e dinheiro com a monetização.
“Há um enorme um enorme arca arcabouço de conteúdos que estão sendo divulgados todos os dias em todas as plataformas da DeepWeb. É preciso que a sociedade e o poder público observe que o Felca mostrou é só a ponta do iceberg e que ainda infinitamente crimes mais graves que precisam ser vistos com muito critério pelo poder público”, completou o especialista.
Danças, banhos com pouca roupa, festas regadas a bebidas e interações explícitas de cunho sexual. Situações constrangedoras sob o olhar de adultos. Tudo para publicar um reality show na internet.
A denúncia do YouTuber trouxe à tona vídeos que propõem a sexualização de crianças e adolescentes, material produzido e divulgado por Hytalo Santos, influenciador com mais de 7 milhões de seguidores no YouTube.
Entre os exemplos, Felca destaca um caso crítico: o de Kamylinha, que entrou no círculo de Hytalo com 12 anos. Agora, ela está com 17 anos.
“Ela desenvolveu toda a sua pré-adolescência e adolescência nesse meio e aos poucos, o Ítalo começou a perceber que quanto mais era mostrado da Kamylinha, em todos os sentidos, mais retornava em números”, diz o vídeo.
Este ano, o influenciador paraibano anunciou a gravidez da jovem ao lado do pai da criança, irmão de Hytalo. Dois meses depois, ele afirmou que Kamylinha sofreu um aborto espontâneo.
Hytalo e Kamylinha tiveram os perfis do Instagram derrubados pela Meta, empresa dona da plataforma, após a repercussão. O canal de Hytalo no YouTube segue ativo.
“Vai fazer com que essa sexualidade seja descoberta e desenvolvida a partir de uma duplicação de si. De que você vive e mostra isso. E mais tarde a pessoa vai se dar conta de que ali havia uma espécie de abuso. É algo na linha da pedofilia e perversão”, disse Christian Dunker, psicanalista
O influenciador não se manifestou sobre as mudanças.