
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os desvios das pensões e salários dos aposentados do INSS já tem uma lista de nomes que foram solicitados para darem depoimento na comissão.
Entre eles estão o irmão do Presidente Lula, José Ferreira da Silva, o “Careca do INSS”, Antônio Carlos Camilo Antunes; Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS. Veja os nomes apurados pela reportagem:
- José Ferreira da Silva (Irmão do presidente Lula) - vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical.
- Alessandro Stefanutto – Ex-presidente do INSS, demitido em abril de 2024 após a Operação Sem Desconto. Autorizou desbloqueios em lote de descontos associativos, contrariando pareceres, e prometeu rigor contra fraudes, mas é suspeito de leniência.
- Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho – Ex-procurador-geral do INSS, afastado por suspeitas de receber propina. Sua família teria acumulado R$ 18,3 milhões, com repasses significativos para sua companheira, Thaisa Hoffmann Jonasson.
- Thaisa Hoffmann Jonasson – Companheira de Virgílio, recebeu R$ 7,5 milhões de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes. Sua empresa, Curitiba Consultoria em Serviços Médicos, está sob investigação.
- Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”) – Lobista apontado como figura central, movimentou R$ 53,88 milhões e é ligado a 22 empresas que facilitavam descontos fraudulentos.
Oposição quer a presidência para Carlos Viana e Alfredo Gaspar na relatoria
A oposição vai lançar nesta quarta-feira (20) o senador Carlos Viana, candidato avulso, pra CPMI do INSS. O posicionamento é contra a indicação do senador Omar Aziz. Também será lançado o nome de Alfredo Gaspar para a relatoria da comissão.
Instalação da comissão
A instalação da CPMI está marcada para hoje (20) no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Segundo Ricardo Ayres, relator da CPMI, a expectativa é que o plano de trabalho e as primeiras convocações sejam votadas e aprovadas já na próxima semana.
A comissão vai investigar os descontos indevidos em benefícios do INSS praticados por associações de representação de aposentados, a partir de 2019, segundo investigações da Polícia Federal. A fraude pode ter chegado a R$ 6,4 bilhões ao longo de seis anos.