
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse nesta segunda-feira (5) à Márcia Lopes no cargo de ministra das Mulheres. O cargo era ocupado por Cida Gonçalves.
A exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes devem ser publicadas nesta segunda-feira (5), em edição extra do Diário Oficial da União.
Pelas redes sociais, Lula mostrou que a nomeação e posse de Márcia Lopes ocorreu em reunião com a presença de Cida Gonçalves e da ministra de Relações Institucionais do governo, Gleisi Hoffmann.
A ex-ministra do Desenvolvimento Social afirmou que recebeu o convite na manhã desta segunda. Márcia é irmã de um dos aliados históricos de Lula, Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete da Presidência da República durante os oito primeiros anos dos governos do PT e ministro-chefe da Secretaria-Geral durante o primeiro governo de Dilma Rousseff.
Cida vinha tendo sua gestão contestada por conta de polêmicas à frente do ministério. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) decidiu arquivar em fevereiro um conjunto de denúncias que imputava assédio moral à ministra.
O resultado de arquivamento era esperado pelo entorno da ministra, como mostrou o Estadão/Broadcast. Naquele mês, ela participou de um jantar festivo e foi homenageada pelo núcleo feminino do Grupo Prerrogativas, que emplacou seus integrantes em diversos órgãos federais. A maior parte dos conselheiros da CEP - quatro de sete - integra o "Prerrô".
Cida e a secretária executiva da pasta, Maria Helena Guarezi, eram acusadas de assédio moral, de comportamento possivelmente xenofóbico, em relação a servidoras de origem no Pará, e, no caso da secretária, de uma suposta ofensa racial.
Com a saída de Cida, o governo Lula tem a segunda troca em uma semana. Na sexta-feira, 2, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo após reunião com Lula. A saída foi consequência do escândalo dos descontos indevidos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).