
Os preços do feijão continuam em queda no Brasil neste mês de junho. Isso está acontecendo porque no campo, a colheita da segunda safra de feijão está quase finalizada e, por isso, a oferta é grande. Um levantamento do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea/Usp) mostra que os preços dos feijões de melhor qualidade seguiram firmes, mas os preços de feijões dos comerciais recuaram, especialmente nas regiões em que o volume ofertado aumentou mais diante do avanço da colheita da segunda safra.
Os pesquisadores explicam que a disponibilidade de lotes de feijão com bom padrão segue limitada no mercado nacional, mas, para os grãos comerciais, verifica-se acúmulo de oferta das safras anteriores e avanço da colheita atual.
No campo, quase 90% da área do Paraná foi colhida até o dia 16 de junho, segundo o Deral/Seab. Em Santa Catarina, a Epagri/Cepa indicou que 94% da área foi colhida. No Rio Grande do Sul, a Emater/RS-Ascar estima que muitas regiões estavam finalizando a colheita, mas as atividades foram interrompidas e impactadas pelas chuvas constantes. A Conab apontou que produtores de Minas Gerais iniciaram a colheita da segunda safra e que as lavouras da Bahia apresentam bom desenvolvimento.
A terceira safra, por sua vez, também segue em desenvolvimento, com semeadura avançada em Minas Gerais e Bahia, e início da colheita nas áreas mais precoces de Goiás.