
O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta terça-feira (1) à Justiça mãe e filho pela morte da esposa dele, Larissa Rodrigues, que ocorreu em março deste ano, em Ribeirão Preto. A denúncia alega que os dois cometeram homicídio triplamente qualificado. O homem, que é médico, também pode responder por fraude processual.
Segundo as investigações, o homem arquitetou o crime após a vítima descobrir uma traição. A mãe dele, sogra da vítima, ficou com a função de oferecer à nora alimentos contaminados com chumbinho.
A denúncia aponta que mãe e filho foram motivados por uma disputa patrimonial, já que a mulher expressou a vontade de se divorciar após descobrir a amante do médico. Os denunciados, segundo o MP, demonstraram frieza, utilizaram meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O médico também é acusado de alterar a cena do crime e eliminar provas digitais e físicas, inclusive limpando o local e excluindo arquivos eletrônicos. Após o crime, ele teria demonstrado pressa para acessar o dinheiro da esposa, chegando a realizar transações e pagamentos com o cartão dela.
Diante dos fatos e do possível risco de fuga, o MP pediu a conversão das prisões temporárias, que ocorreram em maio, em preventivas, além de pedir a quebra dos sigilos bancários dos envolvidos.
Cunhada da vítima também morreu por envenenamento
Segundo o Instituto Médico-Legal, exames confirmaram que Nathalia Garnica, irmã e filha dos presos, também foi envenenada.
A conclusão faz parte de um laudo toxicológico realizado após a exumação do corpo dela, feita no dia 23 de maio, para verificar se ela também foi morta com chumbinho.
Os laudos apontaram que a substância que matou Nathalia foi "carbofurano", que pertence à mesma categoria de veneno que matou Larissa, e que foi encontrada em partes do pulmão, do estômago e do fígado.
Ela faleceu em fevereiro após um suposto infarto, mas, a proximidade das mortes chamou a atenção dos investigadores e desencadeou na confirmação de mais um homicídio.