
Uma mulher de 34 anos foi resgatada de um trabalho análogo à escravidão em uma casa em um bairro nobre de Manaus, no Amazonas. A operação do Ministério Público do Trabalho com apoio de outros órgãos encontrou a mulher trabalhando sem carteira assinada, remuneração mínima e em condições insalubres.
A vítima não tinha condições de viver a vida de maneira independente. Além de fazer o trabalho doméstico, ela produzia doces que o empregador comercializava e distribuía em locais da cidade.
Ela foi contratada para cuidar de uma idosa aos 12 anos, com a promessa de ser bem tratada e que poderia estudar e se desenvolver. Ela prestou serviços por 22 anos em troca de comida, moradia, e pagamentos esporádicos em valores irrisórios, sob o argumento de que ela 'fazia parte da família'.
Sem ir à escola e vivendo em um quarto sem guarda-roupas, sem ar-condicionado e sem garantia de condições mínimas de higiene e cuidado, a vítima chegou a trabalhar sem sandálias e viver sem itens para higiene básica, como shampoo.
A trabalhadora, após o resgate, deve ser indenizada. Ela retornou ao convívio dos familiares e recebeu atendimento psicossocial.