
A Europa está enfrentando uma intensa onda de calor, com temperaturas ultrapassando os 46°C em algumas regiões. Este fenômeno tem afetado significativamente a vida dos europeus, especialmente porque as infraestruturas locais são mais preparadas para o frio do que para altas temperaturas.
Na cidade de Al Granada, localizada no sul da Espanha, os termômetros atingiram o recorde de 46°C no último final de semana, marcando o dia de junho mais quente já registrado na história.
Situação semelhante ocorreu na região central de Portugal. Infelizmente, esta onda de calor também tem sido fatal, com mortes registradas na Itália e na Espanha. Um trabalhador da construção civil na Itália e uma mulher em Barcelona são exemplos de vítimas que sofreram mal súbito após longas exposições ao sol.
Segundo estimativas, cerca de 175.000 pessoas morrem anualmente na Europa devido a ondas de calor extremo. A expectativa de cientistas é que, em médio e longo prazo, o calor possa matar mais pessoas que o frio devido ao aquecimento global.
Além das altas temperaturas, a falta de infraestrutura adequada para o calor agrava a situação. Em Londres, por exemplo, apenas algumas linhas do transporte público possuem ar-condicionado. Durante o torneio de Wimbledon, que começou recentemente, foi possível ver muitas pessoas se hidratando intensamente para tentar aliviar o calor.
As autoridades e os cidadãos estão buscando maneiras de se adaptar a estas condições. Em Barcelona, muitas pessoas optam por passar o dia em locais com ar-condicionado, como academias e shoppings, e à noite utilizam aparelhos de ar portáteis para tentar amenizar o calor dentro de casa.
Este cenário reforça a urgência de os governos investirem em soluções para mitigar os efeitos do calor extremo. A realidade atual demonstra que as ondas de calor não são apenas desconfortáveis, mas também podem ser mortais, especialmente para populações vulneráveis como os idosos.