
A família da brasileira que morreu na Indonésia pediu à justiça que uma nova autópsia seja feita aqui no Brasil. A polícia federal foi acionada pela Defensoria Pública para que investigue o caso e garanta uma apuração isenta.
Nove dias depois da queda da brasileira no vulcão o translado do corpo de Juliana foi confirmado. Em nota, a Advocacia Geral de União informou que o voo do traslado foi adiantado e deve chegar no Rio de Janeiro na terça-feira (1°).
A companhia aérea Emirates alegou que "restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores".
O pai de Juliana, que estava na Indonésia, desembarcou nesta segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional do Galeão.
A pedido da família, a defensoria pública da união solicitou à justiça federal a realização de uma nova autópsia no corpo da jovem, mas ainda não há resposta.
O exame, feito em hospital na ilha de Bali, na Indonésia, atestou que Juliana morreu por múltiplas fraturas e hemorragia interna provocada por traumas no tórax e nas costas. A polícia federal também foi acionada pela Defensoria pública para que investigue o caso e garanta uma apuração isenta. A família de Juliana acusa o serviço de resgate da Indonésia de negligência.
Governador indonésio publica vídeo
O governador da província de Sonda Ocidental, onde fica o vulcão Rinjani, divulgou um vídeo, que chamou de "carta aberta aos irmãos brasileiros". Ele reconhece a falta de estrutura para resgates de alta complexidade no Monte Rinjani e afirma que a segurança precisa ser aprimorada na trilha.
A brasileira caiu na cratera do vulcão no sábado de madrugada na Indonésia. Ela foi avistada com vida naquele mesmo dia, mas o resgate só chegou quase 90 horas depois. O corpo dela foi içado por voluntários e pela equipe oficial de resgate na última quarta feira.
Doações para alpinista que resgatou o corpo são suspensas
Abdul Agam, o alpinista que conseguiu chegar 600 metros cratera abaixo pra resgatar o corpo da brasileira, passou a noite ao lado dela para impedir que deslizasse ainda mais no terreno.
O gesto o transformou em herói nas redes sociais e uma vaquinha arrecadou mais de 500 mil reais para ajudá-lo. Mas após críticas à taxa de 20% cobrada pela plataforma, a campanha foi suspensa e os valores doados vão ser devolvidos.
Do alto da praia do sossego, em Niterói, cidade onde Juliana vivia com a família, a vista agora tem um novo significado. O mirante foi rebatizado e recebeu uma placa com a foto e o nome de Juliana Marins.