
A investigação comercial aberta pelos Estados Unidos que citou o Pix gerou uma forte reação no Palácio do Planalto. Há uma pressão crescente para que o Banco Central se manifeste e apresente uma defesa às alegações do governo norte-americano.
A principal queixa dos EUA, pelo Escritório do Representante de Comércio, é que o Pix seria uma prática desleal que prejudica a competitividade de empresas privadas internacionais do setor, como as gigantes de cartões de crédito.
Lançado em 2020, o sistema se popularizou rapidamente. Em 2024, 63% dos brasileiros já utilizavam a ferramenta ao menos uma vez por mês.
A ofensiva americana, no entanto, não se limita ao sistema financeiro. O documento abrange outras áreas e acusa o Brasil de falhas na proteção da propriedade intelectual. A investigação cita a Rua 25 de Março, em São Paulo, como um dos maiores mercados de produtos falsificados do mundo.
O foco da pressão do governo brasileiro está na defesa do Pix, considerado um caso de sucesso e uma ferramenta estratégica para a inclusão financeira no país. A investigação americana ocorre em um momento de tensão comercial, dias após os EUA anunciarem a intenção de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.