A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) anunciou o início de um projeto piloto que permite à Polícia Militar (PM) efetuar a prisão de foragidos da justiça sem a necessidade de passar por uma delegacia. Segundo o major Rodrigo Villard, coordenador de análise e planejamento criminal da SSP, o objetivo do projeto é "agilizar o tempo de registro e apresentação de criminosos procurados no presídio e no poder judiciário".
Atualmente, ao encontrar um indivíduo procurado, a polícia o conduz a uma delegacia onde é feito o registro e, posteriormente, o suspeito fica sob custódia da Polícia Civil até ser levado para a audiência de custódia no dia seguinte.
Em entrevista ao Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, o major explicou que, a partir do novo projeto, os indivíduos são diretamente encaminhados aos policiais penais, e no dia seguinte são levados ao fórum para a audiência de custódia.
O major Villard que houve redução do tempo durante o teste do projeto. "No teste que foi feito ontem, conseguimos reduzir para cerca de 2 horas todo esse processo".
Ele também mencionou que, com a implementação deste projeto, haverá uma redução significativa no tempo despendido pelos policiais, tanto militares quanto civis, possibilitando um aumento do policiamento ostensivo e das investigações.
"Se conseguirmos com esse projeto, reduzir em cerca de 2 horas esse procedimento, teríamos um ganho para a sociedade de em torno de 100 mil horas de policiamento ostensivo", afirmou.
Além disso, o projeto também busca economizar recursos e melhorar a eficiência dos delegados e escrivães em plantão. Com a nova abordagem, essa etapa não será mais necessária, gerando uma economia para as instituições envolvidas, segundo o major.
A iniciativa já é aplicada em outros estados, como Santa Catarina, desde 2018, e está sendo testada em São Paulo para verificar sua viabilidade de ampliação. Segundo o major, a reação inicial ao projeto foi de incompreensão, mas ele acredita que, com o diálogo e o esclarecimento sobre os procedimentos, os benefícios serão reconhecidos.
"É uma discussão muito simples e muito direta, muito objetiva", disse. Para ele, o projeto está alinhado com as necessidades da população e das forças de segurança.
*O texto acima usou Inteligência Artificial para transcrição, mas foi editado por um(a) jornalista.