A jovem de 22 anos que foi espancada até a morte após um baile funk na Zona Oeste do Rio escreveu em um diário que 2025 seria o melhor ano da vida dela. A foto do do caderno de anotações de Sther Barroso dos Santos, com as metas que ela desejava cumprir neste ano, foi postado pela irmã da vítima em uma rede social.
A família de Sther aponta o chefe do tráfico da favela do Muquiço, na Zona Norte, como o autor do crime. O caso aconteceu na comunidade da Coreia, em Senador Camará.
No último domingo (17), a jovem teria se negado a deixar o evento com o traficante Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel do Muquiço. O criminoso e outros homens, apontados como seguranças dele, teriam agredido a jovem.
De acordo com o relato de parentes, um dos seguranças teria levado o corpo de Sther até a casa dela, na Vila Aliança, após as agressões. Ela vestia roupas diferentes das que usou para ir ao evento, além de apresentar dezenas de hematomas pelo corpo.
A vítima chegou a ser levada ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, mas deu entrada na unidade já sem vida.
A irmã da vítima, que preferiu não se identificar, diz que ela já se relacionou com o suspeito.
Pelo que eu fiquei sabendo, ela foi acuada por esse cara que queria que ela fosse embora com ele, e ela não quis. Diz que eles entraram ali em uma briga, não sei, e ele, com o segurança dele, levou ela para um local e bateu na minha irmã até a morte. Muitas marcas, muitas. O rosto da minha irmã está desfigurado. Já tiveram sim algum relacionamento, algum casinho. Por ela ser reservada, eu sei que isso já tinha acabado, tinha tempo. Minha irmã era cheia de sonhos, cheia de metas, feliz, bonita. Só queria viver, conquistar as coisas dela, querer ser alguém na vida. A gente está desolado.
A Polícia Civil informou que ações estão em andamento para identificar os criminosos e apurar as circunstâncias do assassinato.