
Imagens registradas por câmeras de segurança do prédio onde a professora Fernanda Bonin morava, mostram que ela saiu de casa por volta das 18h50 do último domingo (27). Ela desceu no elevador do prédio em direção à garagem e parecia estar apressada, já que iria ajudar a ex-mulher.
Com o celular na mão ela conversa com alguém através de um aplicativo. Dois minutos depois, a professora de uma escola particular da zona sul da capital paulista deixou o prédio a bordo da Tucson prata e um carro logo atrás, o que também é investigado pelo departamento de homicídios e proteção a pessoa o DHPP. 12 horas mais tarde, na manhã da última segunda-feira (29), Fernanda Bonin foi encontrada morta, vestida e com um cadarço preso ao pescoço.
O corpo estava a beira da marginal do Rio Pinheiros em uma área de mata junto a uma pista de serviços do estado e a 12 quilômetros da casa de Fernanda próximo ao Autódromo de Interlagos. Para o DHPP, a professora foi sequestrada ao deixar a residência no bairro do Jaguaré e pode ter sido morta no próprio carro e o terreno seria apenas o local onde deixaram o corpo.
Até agora, a Tucson prata e o celular da professora não foram localizados. O DHPP refaz o trajeto entre o prédio onde Fernanda morava e o local onde ela foi encontrada morta atrás de câmeras de segurança que possam identificar quem a matou. O caso foi registrado como latrocínio, o roubo seguido de morte por causa do desaparecimento do veículo e do celular da vítima, mas, a polícia civil acredita em um homicídio por vingança e por isso, a investigação ficará a cargo do DHPP.
Fernanda estava separada há um ano da companheira com quem conviveu por oito e dividia a criação de dois filhos pequenos. Para a polícia, a ex-mulher da professora disse que saiu de casa no Jabaquara na noite de domingo para levar as crianças até Fernanda, mas o carro que ela dirigia quebrou no caminho e por isso, pediu que a professora fosse ao encontro dela, o que não aconteceu.
Depois de ir até o prédio de Fernanda, a ex-mulher da professora procurou a delegacia na mesma noite para registrar o desaparecimento e no dia seguinte prestou depoimento no departamento de homicídios. Aos investigadores, a ex disse que as duas faziam terapia em casal e tentavam reatar o casamento. O pai de Fernanda Bonin que enterrou a filha esta manhã deve ser ouvido no DHPP nos próximos dias.
Fernanda era graduada em matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e especializada em necessidades especiais na educação pela Universidade MacEwan, do Canadá. Ela lecionava na Beacon School, escola de alto padrão localizada na zona oeste da cidade.
Relembre o caso
O corpo da professora estava com um cadarço enrolado no pescoço, ela parentava estar de pijama. A vítima foi encontrada morta deitada de costas e com sinais de estrangulamento. A polícia trabalha com as hipóteses de latrocínio, roubo seguido de morte e também homicídio. O veículo de Fernanda, um Hyundai Tucson prata, e o celular dela ainda não foram localizados.