
A estiagem severa no Rio Grande do Sul já levou mais de 60% dos municípios gaúchos a decretarem situação de emergência.
A movimentação das máquinas nas lavouras gaúchas ainda é intensa para o fim da colheita da soja, que já atingiu mais de 80% da área cultivada. A plantação foi a mais afetada pela falta de chuva no estado. Em Glorinha, a produção rendeu menos grãos do que o esperado.
“20, 25 sacos por hectare e o esperado para pagar pelo menos o custeio da lavoura é 35, fora os maquinários que são muito caros para a soja”, disse o produtor rural Maurício Pioner ao Jornal da Band.
No início da safra, ainda em 2025, a projeção era produzir mais de 21 milhões de toneladas de soja no Rio Grande do Sul. Com a estiagem, a produção não deve passar de 15 milhões de toneladas. O grão, assim como no Brasil, é o principal produto da agricultura do estado.
As perdas financeiras aos produtores gaúchos nesta safra ainda estão sendo calculadas. Um problema que vem se repetindo nos últimos anos. Pelos cálculos da Federação da Agricultura do Estado, de 2020 a 2024, só no campo, o prejuízo da estiagem é de quase R$ 118 bilhões.
“Fica uma algo insustentável. Então, é importante ter uma interrupção desse problema, até que voltemos a colher com normalidade no Rio Grande do Sul”, explicou o economista-chefe da Farsul Antonio da Luz.
Meteorologistas aponta que maio deve ser mais um mês com chuva abaixo da média do estado. E o desafio, depois de tantos prejuízos será plantar a próxima safra.